Fratura do Ombro

Radiografia de uma fratura do úmero proximal à esquerda e clavícula distal à direita (seta).

 

Definição

A fratura do ombro é comum e pode ocorrer no úmero proximal, na clavícula ou, menos comumente, na escápula. Elas podem acometer tanto crianças quanto adultos, já que todos estão sujeitos a qualquer tipo de trauma, seja acidentes ou quedas. É essencial se identificar precocemente uma fratura no ombro, pois a demora no tratamento adequado pode implicar em consolidação não anatômica, disfunção articular e, consequentemente, prejuízo na qualidade de vida.

Radiografia de uma fratura cominutiva de úmero proximal e diáfise associada à fratura de glenoide (seta) e luxação da cabeça umeral (estrela).

 

Causas

O trauma de baixa ou alta energia pode ocasionar uma fratura no ombro, seja por ação direta ou queda com o braço estendido, quando se apoia a mão ao solo. A osteoporose, em pacientes acima de 60 anos, também pode favorecer o aparecimento desse problema.

 

Quadro clínico

As queixas principais são dor no ombro, edema, dificuldade para movimentar o braço e, às vezes, deformidade. Após alguns dias, hematoma pode surgir no hemitórax ou na face medial do braço, dependendo do osso acometido. É sempre importante realizar uma avaliação neuro-vascular do membro afetado, pois lesões associadas podem ocorrer.

Ao exame físico, nota-se aumento de volume na face posterior do ombro (seta)

 

Exames de imagem

O diagnóstico é confirmado por meio de exames de imagem, como radiografias e tomografia computadorizada 2D ou com reconstrução tridimensional e subtração da cabeça umeral. Esse último método permite melhor avaliação da cavidade glenoide, importante estrutura que faz parte da articulação do ombro.

Tomografia computadorizada em 3D de uma fratura da clavícula (seta vermelha) e escápula (seta branca) à esquerda e fratura da glenoide à direita (seta).

 

Tratamento

A fratura do ombro, quando estável e pouco desviada, pode ser conduzida de forma não cirúrgica. Aquela que se apresenta com desvio, na sua maioria, necessita reconstrução por meio de procedimento cirúrgico, pois pode evoluir com dor e limitação dos movimentos do ombro.

Existem vários fatores que podem influenciar no tratamento, como o tipo de osso acometido, a localização da fratura, a idade do paciente, o grau de desvio e angulação dos fragmentos, bem como a habilidade do cirurgião para restaurar anatomicamente a região fraturada e as condições de saúde do paciente.

O tipo de material de síntese a ser utilizado numa eventual cirurgia pode variar de fio de sutura inabsorvível, pino ósseo, haste intramedular, placa e parafusos e até hemiartroplastia ou prótese reversa. Certas fraturas do ombro, como tubérculo maior e glenoide, podem ser fixadas por meio da artroscopia, que é uma técnica menos invasiva que a convencional.

É necessário o uso de tipoia e, posteriormente, fisioterapia. O tempo de reabilitação nem sempre é curto e, no final, pode-se ter alguma perda funcional do ombro.

Ilustração de uma hemiartroplastia à esquerda e prótese reversa do ombro à direita.

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